Tecnologia
21/02/2019 às 17:04
Pense em como serão as cidades do futuro. Não precisa ser a cidade dos Jetsons, mas com certeza você imaginou bastante tecnologia para tornar a vida das pessoas mais fácil. Não é à toa que a tendência do uso maior de tecnologia na organização das cidades vem sendo chamada de smart cities.
E as startups, claro, têm desempenhado um papel fundamental para que o surgimento dessas cidades inteligentes.
Muitas experiências já têm pipocado no Brasil e ao redor do mundo neste sentido. Mas quando se fala em tendências relacionadas a startups, certamente smart cities é uma das mais amplas.
Isso porque é impossível falar em cidades verdadeiramente inteligentes se não se falar em fatores como a conexão de todas as facilities (energia, telecomunicações, etc), logística, mobilidade e uma série de outros fatores que influenciam na vida das pessoas.
O QUE SÃO SMART CITIES
Em linhas gerais, uma smart city é uma cidade cuja visão de desenvolvimento urbano esteja conectada à tecnologia da informação e a avanços como a internet das coisas.
Cada vez que você estaciona seu carro na rua e paga a Zona Azul pelo celular ao invés de ter que procurar um vendedor autorizado, a vida na cidade fica mais inteligente, certo?
O mesmo acontece quando a tecnologia é usada para definir melhor onde devem ser construídas novas escolas ou para que o cidadão não precise enfrentar longas filas para ser atendido em uma repartição.
Mas é claro que as cidades não ficam inteligentes sozinhas. Para que isso aconteça é preciso a junção de esforços de uma série de agentes. Entre eles, governos e empresas são os mais importantes depois da população (que, afinal, é o usuário final).
Por isso esse setor é tão desafiador – e um dos que mais pode afetar a vida das pessoas.
PAPEL DOS GOVERNOS
É difícil falar em grandes mudanças na forma como as cidades funcionam, sem envolver os governos na discussão.
Até porque, muitas vezes são os serviços prestados pelo poder público que mais são afetados pelas mudanças trazidas pelas smart cities.
Para que uma cidade fique realmente mais inteligente – e que não sejam só ações isoladas – é importante que os governos contribuam. Atitudes como maior transparência (deixar os dados disponíveis é um grande avanço) e cabeça aberta para lidar com disrupção são fundamentais. Pode parecer utópico, mas já vem sendo feito.
PAPEL DAS STARTUPS
Na caminhada rumo às smart cities, as startups entram com aquilo que elas sabem fazer de melhor: inovação.
As startups com foco nessa área devem revirar os problemas urbanos em busca de problemas que a tecnologia possa resolver.
Com a velocidade com que startups costumam desenvolver soluções e se adaptar, a evolução das smart cities é absurdamente rápida.
PRINCIPAIS VERTENTES
Quando a gente pensa em cidades, há uma enormidade de assuntos que podem ser tratados. Do melhor manejo do lixo ao trânsito caótico das metrópoles, o que não falta é opção a ser explorada.
Entre as principais vertentes no contexto de smart cities estão:
Mobilidade: boa parte da vida nas grandes cidades é passada dentro de um carro ou do transporte público. Não é a toa que ideias para melhorar a mobilidade dos grandes centros estão entre as que recebem mais atenção.
Energia: a região metropolitana de São Paulo consome mais de 53 terawatts de energia por ano. É tanta coisa que é até difícil entender o que esse número significa. Soluções que ajudem a fazer um consumo mais inteligente da eletricidade também estão na pauta.
Lixo: quem já viu a foto ou passou ao lado de um aterro sanitário, sabe o tamanho do desafio que a gestão do lixo é para cidades de qualquer tamanho. E uma cidade inteligente que se preze, certamente vai buscar soluções nessa área também.
Logística: este desafio impacta em diversos outras dificuldades das grandes cidades (como o trânsito e até a produção de lixo). Soluções que ajudem a resolver este nó também tem sido muito bem vistas.
Equipamentos públicos: onde construir escolas e hospitais, como atender melhor a população, formas de melhorar as áreas de lazer… Diversas startups já tem se aplicado a resolver esses problemas em conjunto com os governo.
Por Gabriel Ferreira, retirado do site Ace Startups
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