Facisc apresenta na Alesc preocupações do setor com a infraestrutura em SC

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) apresentou na manhã desta quarta-feira (4), na reunião da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa, um panorama sobre a infraestrutura nacional e catarinense, além das principais reivindicações de empresários de todo o estado para o setor. A exposição foi conduzida pelo vice-presidente da federação para assuntos de Infraestrutura, André Gaidzinski, a convite do presidente da comissão, deputado João Amin (PP).

Na ocasião Gaidzinski, apresentou os dados levantados na cartilha Voz Única de 2014 que já  apresentava os investimentos públicos em infraestrutura como a principal demanda da classe empresarial, por impactarem fortemente nos custos de produção. Em média, 12% do faturamento bruto das empresas é gasto com os custos de logística.

“A melhoria da infraestrutura impulsiona a competitividade da economia e a melhoria do bem-estar social. A Facisc se envolve nisso porque nós temos que atender nossos associados. Eles clamam por isso e nos cobram por respostas do poder público”, explicou.

As condições das rodovias, ferrovias, aeroportos e portos estão entre as maiores preocupações da federação. “Tem muito trabalho a ser feito ainda na BR-470, na BR-280. Infelizmente, a duplicação da BR-101 não está pronta ainda. Há também pedidos regionais, que envolvem todas as rodovias estaduais e federais”, disse.

A questão energética também é uma preocupação da entidade, em especial o gás natural, que é bastante consumido por indústrias do estado. “83% do consumo de gás é das indústrias. Temos um único fornecedor, cujo contrato termina em breve. É algo que nos preocupa, pois se não tiver gás, algumas indústrias simplesmente parar de produzir”, afirmou.

Cortes de recursos

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Ronaldo Carioni, afirmou que os recursos destinados pelo governo federal para as rodovias catarinenses em 2018 já eram poucos e ainda sofreram cortes recentemente. Apesar disso, o departamento consegue manter algumas obras em andamento, como a duplicação da BR-470.

“Vamos conseguir tocar essas obras, não do jeito que queríamos, mas conseguindo sobreviver com os recursos que já eram poucos e diminuíram ainda mais”, disse o superintendente. Apesar dos cortes, os recursos para a melhoria da Via Expressa que liga a BR-101 à Ilha de Santa Catarina, no valor de R$ 36 milhões, estão mantidos, segundo Carioni.

O secretário de Estado de Infraestrutura, Paulo França, reconheceu que o Estado precisa avançar não só nos investimentos, mas num planejamento intermodal. “Nossa disponibilidade de recursos orçamentários é muito aquém do necessário para a manutenção das nossas rodovias. Os investimentos vêm através da busca de financiamentos. Nosso modelo administrativo tem que ser revisto, mas com recursos que garantam a manutenção da infraestrutura.”

O presidente da Comissão de Transportes da Alesc, deputado João Amin, afirmou que as entidades ligadas ao setor produtivo, como é o caso da Facisc, são importantes no trabalho da comissão.  “É importante trazer essas entidades para a Assembleia, pois elas têm informações do setor produtivo que nos auxiliam e servem de base para as cobranças que temos que fazer dos governos federal e estadual.”

Também participaram da reunião os deputados Moacir Sopelsa (MDB), Luiz Fernando Vampiro (MDB), Antonio Aguiar (PSD) e César Valduga (PCdoB). 

(com informações da Rádio AL)

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