Movimento defende Brasil com mais liberdade econômica e conservador nos costumes

“O Estado nos vê como súditos, como um povo que lhe serve para atender aos privilégios e às suas benesses. Está na hora de redirecionar este Estado no seu propósito de servir e não de ser servido, porque o governo se coloca como dono do País”, afirmou nesta terça-feira (6) o empresário Flávio Rocha, ao apresentar as bases do manifesto Brasil 200 a uma plateia de mais de 300 pessoas no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul.

CEO da rede varejista Riachuelo e um dos fundadores do movimento que propõe um país que valorize o livre mercado, com menos burocracia e com redução do tamanho da máquina pública, Flávio Rocha disse que há um grande desafio imposto a uma parcela da sociedade que deseja mudanças.

“O movimento surgiu como resultado da angústia de quem sua a camisa, de quem produz riquezas e paga impostos, da imensa maioria de brasileiros que puxam a carroça. O Brasil 200 quer participar deste debate e ser ouvido pelos partidos porque percebe que falta um perfil que faça a defesa da liberdade econômica e que ao mesmo tempo seja conservador em valores que foram abalados neste período recente por conta do politicamente correto”, assinala.

Na palestra de divulgação do manifesto, Flávio Rocha destacou que a adesão às ideias tem mobilizado importantes lideranças empresariais, políticas e intelectuais, não descartando a possibilidade de concorrer à Presidência da República nas próximas eleições.

“O movimento é uma semente que foi lançada, esta semente germina se tivermos um solo fértil e isto será possível com a participação da sociedade. Se a opção do movimento for por uma candidatura estarei à disposição porque sou um soldado das ideias que defendo, ideias que estão órfãs. Arrisco dizer que hoje somos 98% da população que carrega o País e uma minoria de 2% que vê o Estado somente para servir aos seus interesses com privilégios”.

Na defesa da agenda liberal, Rocha destaca a necessidade de diminuir a carga tributária de 37% para em torno de 15% e acabar com a hostilidade contra quem empreende no país. “Temos que acabar com essa ideologia arcaica de nós contra ele, de exploradores contra explorados. Essa é a tese do dividir para governar”, afirmou.

O Manifesto Brasil 200 é uma referência ao bicentenário da independência, que será completado em 2022, quando terminará o mandato do próximo presidente da República. O evento em Jaraguá do Sul foi o 22º de um roteiro que vem sendo cumprido em todo o País.

O evento foi uma iniciativa da ACIJS – Associação Empresarial de Jaraguá do Sul, ACIJ – Associação Empresarial de Joinville e ACIB – Associação Empresarial de Blumenau.

O presidente da ACIJS Giuliano Donini, avalia que o evento atingiu os objetivos das três entidades. “A intenção foi trazer este tema para a reflexão da sociedade, não só da classe empresarial, mas de todas as pessoas que defendem uma mudança no País. São posições muito claras defendidas pelo movimento, que ecoam de uma maneira muito intensa na sociedade de maneira geral. Não faz sentido um Estado de tamanho gigantesco, que inibe a criatividade de empreender e gerar riquezas”, resume Donini.


10 princípios defendidos pelo Movimento Brasil 200

1) Menos Estado, menos corrupção

Quanto mais dificuldades criadas, mais vendedores de facilidades. A corrupção é filha do Estado inchado e intervencionista

2) Mandato presidencial de 5 anos, sem reeleição

Parlamentarismo com voto distrital, fim do auxílio partidário e subsídio estatal às campanhas

3) Voto eletrônico com comprovante de papel e auditoria externa

Fim da caixa preta que é o sistema eleitoral atual

4) País rico é país empreendedor e livre

Lutamos por um país com mais produtividade, mais empregos, menos impostos e regulações

5) Não há ordem pública em um judiciário eficiente e transparente, sem polícia valorizada, equipada e treinada, sem leis que punam criminosos e protejam o cidadão de bem

6) Nenhum cidadão impedido ou incapaz de trabalhar pode ficar sem assistência, todos os outros devem ter oportunidades de buscar seu desenvolvimento profissional e pessoal

7) Empreendedores e colaboradores não são inimigos, eles cooperam pelo crescimento da nação. A justiça do trabalho deve ser extinta

8) A excessiva judicialização do Brasil, fruto da ideologização radical das relações sociais tem que ser revista. Menos paternalismo, mais liberdade

9) A desregulamentação e a competitividade sem privilégios ou proteções, devem permear todos os segmentos econômicos, quanto mais opções para os consumidores, melhor

10) Proteção às crianças, escola sem partido e em erotização precoce, respeitando o senso comum e as famílias


Informações comunicação Facisc 

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