Painel sobre PIX discute inovação e mudanças nas transações bancárias

Os Núcleos de Cooperativas e de Consultores Empresariais em parceria com a Acibalc realizaram na noite da quinta-feira, dia 10, um painel com a presença do gerente regional da Credifoz, Fernando Benassi e André Gustavo Frohlich, sócio da Librata Finanças Pessoais com o tema que anda levantando muitas dúvidas da população - "PIX - Novo meio de pagamento eletrônico nacional". O evento foi moderado pela vice-presidente de Comunicação e Marketing da entidade, Katia Tonioti.

A partir de novembro deste ano, os cidadãos brasileiros que possuem uma conta bancária terão mais um novo meio para fazer transferências e pagamentos: o Pix. Criado e anunciado pelo Banco Central (BC) em fevereiro, o novo sistema financeiro tem como premissa a possibilidade de enviar e receber dinheiro de maneira praticamente instantânea - com um teto de 10 segundos para conclusão da movimentação -, sem limite de dia e hora para a realização de operações, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo feriados.



No momento, o novo sistema de transferências e pagamentos desenvolvido pelo BC ainda está em fase de homologação com as instituições financeiras. Esse processo de testes deve prosseguir até o dia 5 de outubro deste ano. Até lá, no entanto, tanto bancos como aplicativos de carteira digital poderão oferecer um "pré-cadastro" no Pix para seus clientes, que podem aceitar ou não a proposta. Após outubro, já será possível concluir o cadastro para a novidade.

O Pix tem ficado conhecido como um meio de pagamentos instantâneo. Isso porque, de acordo com o Banco Central, qualquer movimentação financeira utilizado o novo sistema seja realizada, no máximo, em até 10 segundos. O fato é que, embora a rapidez seja um ponto forte do novo serviço, ele não é apenas um meio de pagamento - podendo substituir o boleto, cartão de débito e crédito -, mas também é uma nova forma de realizar transferências, funcionando como alternativa à tradicional Transferência Eletrônica Disponível (TED) e ao Documento de Ordem de Crédito (DOC).

Outra característica bastante difundida sobre o Pix tem relação com a sua disponibilidade. Ao contrário de outras formas de transferências, como as já citadas TED e DOC, o sistema do Banco Central não terá horário, nem dia específico para sua utilização. A proposta é de que seja possível enviar e receber dinheiro 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo feriados.

O novo sistema do Banco Central não é uma conta corrente. Não será necessário baixar um outro aplicativo para criar uma conta Pix. A confusão ocorre porque, sim, quem for usar esse novo meio de pagamentos e transferências deverá se cadastrar, mas a inscrição será feita via instituição financeira de preferência. O cliente deve solicitar a vinculação de sua conta corrente com o Pix, e o banco ou aplicativo de carteira digital deverá realizar o processo de vinculação.

Todas as instituições financeiras com mais de 500 mil contas são obrigados a introduzir o Pix em seus sistemas de pagamentos e transferências, conforme resolução do Banco Central e qualquer cidadão que tenha conta nas instituições financeiras com Pix poderá utilizar o sistema de pagamentos do Banco Central. Há, porém, uma condição para que isso ocorra: o cliente deve solicitar ao banco que vincule um de seus apelidos com a sua conta corrente.

As perguntas relacionadas a nova modalidade são muitas e, ao longo dos próximos dias mais informações serão disponibilizadas pela Banco Central e pelas próprias instituições. 

Para encerrar a discussão, Fernando comentou que em comparação a outros países, a população brasileira ainda é marginalizada no que se refere a bancarização. E o Pix veio para democratizar essa relação. André finalizou afirmando que o sistema bancário do Brasil é um dos mais avançados do mundo, porém a concentração não é equiparada. Acreditamos que o Pix venha para democratizar essa relação do cidadão com o uso do dinheiro. 



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