Destaque
22/06/2018 às 11:13
O primeiro dia do 5º Fórum Nacional CACB Mil foi marcado pelo debate sobre o papel do associativismo no desenvolvimento local. Os convidados para protagonizar a discussão foram o presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Jonny Zulauf, o presidente da Federação de Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Nuno Rebelo de Sousa, e o gerente da Unidade de Políticas Públicas (UPP) do Sebrae, Bruno Quick. O debate foi mediado pelo presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), Emílio Parolini.
O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, para abordar a perspectiva local do estado, citou a participação da federação catarinense no programa AL-Invest 5.0, iniciativa da União Europeia para promover o desenvolvimento econômico e social dos países da América Latina: “Quando nós integramos o AL-Invest, há 18 meses, nos comprometemos com o propósito de explorar as potencialidades de cada município. Partindo desse princípio, é fundamental que a comunidade seja convidada a participar. Todo cidadão é incentivado a ter uma visão crítica e a conhecer a realidade de seu município. Dessa forma, a comunidade deve iniciar o processo de desenvolvimento local. Esse comprometimento ultrapassa a gestão pública. Como federação, nós acompanhamos a implementação do projeto, mas o principal fator para que a comunidade prospere é que se mantenha vivo o senso de iniciativa de seus cidadãos. Como alguém disse um dia, a melhor guardiã dos valores de uma comunidade é ela própria”.
Em seguida, o representante de Portugal, Nuno Rebelo de Souza, afirmou que o papel das câmaras portuguesas no Brasil é trazer uma visão internacional: “Nosso papel é apoiar empresários portugueses que vêm ao Brasil e orientar empresários brasileiros que têm interesse em conhecer as oportunidades em Portugal”.
Ele acrescenta que, não por acaso, Portugal é considerado a porta de entrada de exportação dos brasileiros para a União Europeia e a CPLP, além de ser alvo de investimentos produtivos: “Primeiramente, Portugal é um país simples no quesito fiscal. Não há complexidade na cobrança de impostos. Em segundo lugar, a taxa de juros mensais é de 0%. Por último, os serviços de incentivo e financiamento, que seriam equivalentes ao Sebrae no Brasil, possuem forte atuação na promoção de negócios”.
Para concluir o debate, o representante do Sebrae, Bruno Quick, colocou em pauta a carência de um modelo de organização e clareza por parte das entidades: “É necessário que o empresário tenha afinidade com o projeto de desenvolvimento local. Em outras palavras, os cidadãos devem ser capazes de visualizar os projetos dando certo”. Ele acrescenta que o País possui um grande número de entidades competentes e de riqueza cultural: “O Brasil é um mosaico de diversidade. Não faltam tecnologia, recursos financeiros, talentos e instituições. Os municípios carecem de um bom roteiro e de articulação. O Sebrae está junto ao Brasil nessa grande agenda”, conclui o especialista em políticas públicas.
A 5ª edição do Fórum CACB Mil, que ocorre nos dias 20 e 21 de junho, reúne mil empresários de todo o País em Brasília para pôr em pauta o papel das Associações Comerciais no desenvolvimento das cidades, a liderança empresarial, os rumos econômicos do Brasil, além de temas como sustentabilidade, inovação e organizações exponenciais.
Fonte: CACB
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