Design. o que isso pode fazer pela sua empresa?

Você já parou para avaliar a qualidade das experiências promovidas pela marca de sua empresa? A pergunta se torna ainda mais relevante ao considerar o atual momento de incertezas econômicas em questões, pois traz em si, o olhar para todo um conjunto de ações relacionadas a organização, como por exemplo: a qualidade de seus pontos de contato; a qualidade percebida pelos produtos ofertados; a relação custo X benefício e que estabelece um olhar para a percepção da marca por seus públicos, fatores que ilustram algumas das “n” dificuldades inerentes ao ato de gerenciar uma empresa, requerendo assim, uma postura mais aberta ao novo.


Este é o contexto para a compreensão da relevância do Design em suas infinitas possibilidades. Uma realidade já consolidada em determinados contextos e que pode estabelecer a diferença entre o sucesso ou o fracasso de uma empresa.


Esta receita já se mostrou eficiente em empresas de âmbito global e que encontraram no design a base de sua estratégia de mercado. Quem nunca ouviu falar por exemplo da Apple, empresa do ramo de tecnologia e que fez do design sua principal estratégia de negócio? Basta olhar para seu histórico para vislumbrar o velho e conhecido slogam “think different” refletido em todo seu vanguardista portfólio de produtos e serviços, para entender o porque é avaliada como uma das marcas mais valiosas do mundo (Brandz - Millward Brown – 2016). Não podemos é claro, creditar todo este sucesso ao Design, mas para quem conhece a história da marca, sabe o quanto seu renomado CEO, Steve Jobs, valorizava a experiência proporcionada pelo Design da marca.


Tudo bem então se a sua empresa não tem a pretensão de se tornar a mais inovadora, criativa ou valiosa do mundo, mas com certeza, este pode ser um belo exemplo a ser considerado, basta resguardar as proporções em questão.


Pensar o DNA e propósito da marca, desenvolver produtos alinhados ao segmento de mercado e ao portfólio da marca, descobrir necessidades das pessoas e empreender um olhar para oportunidades de negócio e ainda ajustar tudo isso as tecnologias e processos produtivos.


Sim, isso também está no cerne de atuação do Designer e que não se resume a apenas tornar um produto mais belo. A ótica para o design entendido como um adjetivo, uma qualidade estética, não o torna menos eficiente, mas também, não considera diversos outros benefícios ao se implementar uma cultura realmente aberta ao Design; uma abordagem colaborativa e que coloca o cliente/usuário no centro das atenções a partir de um processo iterativo para a geração de soluções.


E é esta interpretação, conhecida como Design Thinking que permite a criação de uma infinidade de soluções e que podem ser implantadas nas empresas em diferentes níveis:


· estratégico: atua nas definições estratégicas do negócio, identificando possibilidades de mercado e colaborando para o fortalecimento da marca da empresa;

· tático: atua de maneira a estabelecer um olhar para o processo (planejamento, implantação, execução e monitoramento das atividades);

· operacional: atua diretamente na execução das etapas de um projeto ou demanda.


A consideração da amplitude de atuação profissional evidencia a importância de uma formação acadêmica e da qualificação profissional, potencializando assim as estratégias empregadas por empresas abertas a cultura do Design e que identificam valor em projetos inovadores e que harmonizam fatores estéticos a funcionais.



Este é o propósito dos cursos de Design da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI e que iniciaram suas atividades em 1998 com a implantação do curso de Design Industrial no campus de Balneário Camboriú. A expertise de quase 20 anos de história a completar em 2018, apresenta-se mais plena ao considerar o atual portfólio de 6 cursos de graduação, ranqueados entre os melhores cursos de design do país (Guia do estudante da Editora Abril e Ranking Universitário Folha - RUF) e ainda para a formação continuada nas modalidades extensão e pós-graduação.


Agora que você já entende um pouco mais sobre o assunto, o que acha de começar a implementar uma cultura de Design em sua empresa? Mas calma, isso pode acontecer aos poucos:


· Crie um ambiente colaborativo para a discussão de ideias, pois a divergência deve ser entendida como ponto chave para o alcance de novos resultados;

· Amplie suas fontes de informação, pois suas referências são de grande importância para a geração de ideias

· Entenda que os erros fazem parte do processo e oportunizam o aprendizado para o projeto;

· Registre as ideias/propostas para que sejam lembradas no decorrer do processo


Pois bem, se esta ainda não é sua realidade, que tal começar a entender o dialeto de um designer?


· Briefing: informações iniciais para a execução de um projetos e que determina as especificidades do trabalho;

· Freelancer: profissional autônomo e que atua por conta própria

· Job: identificação de um serviço/projeto

· Portfólio: espécie de currículo visual e que apresenta os projetos já desenvolvidos;

· Protótipo: modelo funcional do projeto e que é utilizado para testes

· Sketchbook: caderno de anotações e rabiscos.


Por Marco Aurélio Petrelli


Doutor em Design pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Coordena os cursos de Design Gráfico e Design Industrial da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI e desenvolve consultorias na área de Gestão de Marcas (Branding) e de Projetos de Produto.

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